Metrô

Desde sempre, sou usuário do metrô paulistano. Por volta de 1976, para ir à Escola de Educação Física Estadual, meu itinerário era até a Estação Ponte Pequena, que depois virou Armênia. Nunca mais voltou a se chamar Ponte Pequena, o que é – ignorando a rima pobre – uma pena, porque com todo respeito à Armênia, o nome antigo era mais bonito e creio que deveria ter sido mantido, estilo "Estação Armênia / Ponte pequena", como já acontece, por exemplo, nas estações Santos/Imigrantes e Corinthians/Itaquera, que também tem seu nome dividido.

Atualmente, utilizo o metrô para ir ao Sacomã e, por vezes, à Avenida Faria Lima. É o mesmo metrô de tempos idos, claro que mais moderno, com algumas características próprias. As pessoas que usam o metrô – hoje em número muito maior que ontem – o fazem de uma forma civilizada, e isto dá o tom de uma cidade mais charmosa.

Há uma particularidade no metrô que me atrai e me assusta – o fato de que tem a estrutura semelhante a um enorme formigueiro, por onde formigas circulam em túneis "escavocados" na terra, como nós, subterraneamente, circulamos no metrô.

Não tem sido simples encarar algumas vicissitudes da vida, entendê-las, e este retorno a fórmicas formas de vivenciar o cotidiano pode não ser o ápice, mas sem dúvida parece, ah parece.

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