A Marquesa de Santos e a Faculdade de Direito

Domitila de Castro Canto e Melo, a paulista que veio a ser a Marquesa de Santos, teve papel decisivo na história de nossa capital. Quando conheceu D. Pedro I, logo após a proclamação da independência, São Paulo nada mais era do que um inexpressivo pouso de tropeiros que vinham do interior em direção ao litoral. Graças à instalação da Faculdade de Direito, em XI de agosto de 1827, é que São Paulo se transformou num agitado burgo de estudantes do Brasil inteiro – semente da futura metrópole em que se transformaria décadas depois. Mas, por que a Faculdade de Direito instalou-se em São Paulo, na pequena Vila Paulistana, e não no Rio de Janeiro, capital do Império? O Decreto de D. Pedro I de XI de agosto de 1827 que instituiu os primeiros cursos superiores de nosso país, criou duas faculdades de Direito: uma em Olinda (que depois se transferiu para Recife), e outra em São Paulo, no Largo de São Francisco, graças ao pedido que a futura Marquesa de Santos fez, na alcova, ao seu imperial amante D. Pedro I. Daí a razão pela qual nós, paulistas, devemos reverenciar a memória da Marquesa, em cujo túmulo, no tradicional cemitério da Consolação, permanentemente há flores.

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