Fui criado neste bairro da zona norte de São Paulo desde que me conheço por gente. Nasci em 1965, eu e meus outros 7 (sete) irmãos, isso mesmo, éramos em 8 (putz), que saudade.
Quando crianças, na década de 70, lembro-me que tinha o rio Cabuçu, onde, com nossos colegas (irmãos Adenauer, Ademir, Admilson, o Nenê, Caguera, Nivaldo, e outros que não me lembro mais), pescávamos peixes pequenos com aquelas peneiras de areia. Sério, aquele rio era limpo.
Lembro-me também das chácaras dos japoneses, onde existe hoje o terminal de ônibus. A gente comprava e pegava na inocência frutas, verduras e legumes, que saudade.
Nós éramos de uma família muito simples e humilde, tínhamos que trabalhar, aí me lembro do Cemitério da Cachoeirinha, onde vendíamos flores, velas, água para regar as flores e até olhávamos os carros para ganhar uns trocados (caramba, meus pais nos criaram muito bem, já desde crianças encaminhados para o trabalho).
A maioria das ruas era todas de terra, tanto do lado de cá como do lado da Rua da Bica, onde moravam a turma do Tatu – caso você tivesse alguma bronca com eles, não deixavam a gente pegar água na bica, risos.
Quem não se lembra do gordo (Savino), filho da D. Maria, que levava a gente todos os domingos para escola dominical, e o Seu Boneco pensava que era o dono da rua, só porque era policial, mas no fundo era gente boa, encrenqueiro, mas gente boa. E o Seu Walter, dono do caminhão, marido da dona Vilma, gente boa da melhor qualidade, e a D.Vilma, sempre tomando conta da gente na ausência dos meus pais, gente fina, que saudades.
Tinha o salão de baile Estrela do Norte, na Avenida Itaberaba, o Supermercado Leymar, e o Zé, o rei do pernil, tem até hoje.
Os times de futebol da várzea que ele organizava acho que também, e o Colégio Tito Prates, que eu estudei, e o Colégio Atenas não tem mais.
Resumindo: que saudade cachuxa daquele tempo!
Quem ler e tiver fotos ou filmes daquela época me comunique via e-mail… Sou o Guina, um dos filhos do Seu Cido e da D. Daltiva (que Deus os tenha).
Obrigado.
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