Uma ode a Miguel S. G. Chammas

Nos idos de 2007, por conta de uma indicação de meu irmão Vicente Laruccia, 88 anos, tomei conhecimento da existência do SPMC. Mandei meu primeiro texto, sobre minha tia Carmela, vítima da Revolução de 1924. Em seguida, fui convidado a comparecer na sede da “São Paulo Turismo” para dar um depoimento. Éramos quatro colaboradores, eu, Mario Lopomo, Profª. Neuza Carvalho, Luiz Saidenberg e Miguel S. G. Chammas.
 
De cara, fiquei conhecendo todos, menos a Profª. Neuza, já a conhecia da USP. O Luiz, muito simpático, o Mario, taciturno e o volumoso e bondoso Miguel. Conversamos longamente, gravamos o depoimento e o Miguel se mostrou de uma bondade tão volumosa ou mais que seu físico propunha. Tinha a impressão de já conhecê-lo há muitos anos, tamanha bondade e simpatia que exalava de seu doce coração. Conversou sobre meu texto, animou minha iniciativa, contou que estava no site desde seu início, em 2005. 
 
Tivemos várias trocas de e-mails, conversamos várias vezes por telefone, o Miguel demonstrou logo ser um perfeito incentivador de novos colaboradores, sendo ele, já um grande, respeitoso e muito bom colaborador do site, teve, um dia, a ideia de criar o que seria uma reunião de todos em uma pizzaria de São Paulo, batizando-a simpaticamente de “Rodadas de redondas com autores redondos ou não”. Pelos anos seguintes, sempre com o espinhoso trabalho de escolha da pizzaria, locais que poderiam agradar ou não alguns dos colaboradores, enfim, o Miguel e sua companheira Sonia, sempre levaram a bom termo essa iniciativa, com a boa vontade e disposição do casal, sem esquecer que eles moram na Praia Grande, deslocando-se a capital sem nunca se queixar.
 
Pois como ele confessa em uma mensagem enviada a todos que sempre emprestaram seu apoio ao ágape, tudo tem seu princípio e um fim. Discordo de você, Miguel, o que ocorreu na despedida do ano, em 30 de novembro de 2013, não é o fim, meu grande amigo Miguel que, por problemas de saúde e outras ocorrências, não vai mais poder continuar a organizar novas rodadas. Vamos todos nos reunir, dando ao Miguel aplausos e agradecimentos, por tudo que ele fez em cinco anos, com aquela bondade e simpatia, repito, em prol da união fraterna de todos os colaboradores e suas famílias.
 
Miguel, você nunca será esquecido, temos dentro de nossos corações uma imagem fraterna de um irmão com um coração que vale ouro. Em geral, somos da faixa de idosos, por isso devemos honrar nossas condições de colaboradores, continuar o trabalho do Miguel, se alguém se manifestar em receber o cetro dessa missão, que se manifeste.
 
Como último parágrafo desta ode, peço, em nome de meus colegas, que você, Miguel, continue a tarefa iniciada por você, nós te amamos, Miguelão, você mora em nossos corações. Um “abração”.