Um dia de chuva

Chuva, quem não tem uma recordação de um dia de chuva? Hoje não acontece mais os temporais de antigamente.

Lembro da infância em Itaquera, Vila Corberi nas décadas de 60/70 na casa de minha avó. Os temporais eram de colocar medo em qualquer um!

Lembro das simpatias de minha avó, jogando sal na chuva, cobrindo espelhos e invocando a todos os santos. Assim como fazia com as várias goteiras da casa de telhas.

Eu, meus primos, Silvio, Diogenes, Tim, Valério disputávamos as duas janelas da frente da casa que dava vista para a represa olhando a água subir.

Havia dois córregos: um que descia da Ponte Preta da Cidade Carvalho e outro que vinha da Cidade Líder, que se encontravam bem em frente à casa na baixada chamada represa.

O volume de água barrenta era enorme, formando uma imensa lagoa cobrindo tudo.

Após o término da chuva, íamos pela linha do trem até o centro olhar os estragos. Infelizmente para as pessoas que moravam no começo da Rua Tomazo Ferrara e na parte de baixo de Itaquera (antiga Rua 25 de Março), a chuva era cruel, pois alagava tudo, com muitos prejuízos materiais.

Até hoje, após uma chuva, parece que ainda sinto o cheiro de terra molhada e a presença de pessoas tão queridas em minha volta.

Tempos maravilhosos.

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