Museu do Futebol e do Pelé

O Museu do Futebol está localizado no interior do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o eterno Pacaembu. Este estádio, construído num vale, inaugurado em 1940, ostenta em sua frente uma das mais belas paisagens de São Paulo: a Praça Charles Miller, o qual, sendo brasileiro, jogou na Inglaterra, trazendo a bola de futebol ao Brasil.

Enfim, o importante patrimônio histórico do país e desta cidade abriga o Museu do Futebol. A iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, colocada em prática com base no que dizia o educador brasileiro Anísio Teixeira, que a criança se educa vivendo, constituiu um novo conceito de museu. Um museu-escola, aconchegante, lúdico, turístico, divertido, interativo, tornando-se lazer e diversão, um parque temático de aventuras e descobertas. Professores, alunos, torcedores, familiares, turistas, como eu presenciei, em frente aos portões do estádio, vindo de ônibus fretados, vans, táxis. Alunos estes, acredito, que pela primeira vez estavam tendo a oportunidade de conhecer o estádio, o Museu do Futebol e ainda o Museu do Pelé, incorporado até o mês de dezembro, indo depois para a cidade de Santos.

O Museu do Futebol é visitar o século XX e XXI, pois é história do Brasil. Resumindo, o museu representa três eixos de visitação, emoção, história e diversão, com mais de mil imagens fotográficas e inúmeros vídeos de nosso histórico futebol.

Na Sala das Origens, a introdução do futebol entre nós, logo após a libertação dos escravos, como um esporte trazido pelas elites. Conta como o povo brasileiro mulato e mestiço, pouco a pouco, foi tomando para si o futebol e o reinventando, valorizando assim nossa formação étnica e os valores sociais que o Brasil criou.

A seguir vem a Sala dos Heróis da cultura brasileira Leônidas da Silva e Domingos da Guia, pois, nos anos de 1930 e 1940, juntaram-se ao lado de nomes da cultura brasileira de pintores, escritores e artistas – Portinari, Jorge Amado, Villa-Lobos, dentre outros.

Estive na reunião do COMTUR, em um belo auditório, e na pauta constava a visita oferecida aos conselheiros de turismo pela SP TURIS ao belíssimo Museu do Futebol.

É retornar ao passado, nosso tempo de moleque, desde aquela fatídica Copa do Mundo de 1950, no Maracanã, Rio de Janeiro. Muita emoção em cada acesso aos locais, de nossas paixões futebolísticas.

Inicia pela recepção do rei Pelé, o atleta do século, nos convidando para o universo do futebol. A Sala dos Anjos Barrocos, craques pairando no ar, gols mais emocionantes que você acessa no painel, relato de apaixonados do futebol, gravações de locutores que fizeram a história de decisões de campeonatos. A exaltação das trinta maiores torcidas do Brasil; é emocionante não somente a do nosso clube, bem como dos demais. A primeira Copa de 1958, Brasil campeão do mundo, enfim, Garrincha, Julio Botelho, Gilmar e outros craques. Curiosidades sobre placar mais amplo, público no estádio mais e também menos, as famosas bolas de meias, que jogávamos quando crianças nas ruas, enfim, um almanaque visual.

Sala com projeção 3D, do malabarismo do Ronaldinho gaúcho e o seu esqueleto lado a lado, com malabarismos; muito interessante (cuidado para não levar bolada, pois parece natural a apresentação).

Enfim, a magia do drible, do gol, do corpo a corpo; mil e uma atrações oferecidas ao público, do qual fiz parte e retornarei com meus netos e familiares, pois é fantástico e ponto de interesse cultural e esportivo no turismo de São Paulo, cidade da gastronomia, da cultura, do esporte, das feiras, eventos, congressos… São Paulo é tudo de bom!

Mas a maior emoção surge quando, atravessando a passarela, contemplamos a bela vista de São Paulo a partir da Praça Charles Miller, e de outro lado, a contemplação do templo do futebol, o Estádio Pacaembu, com seu gramado em uma ampla visão, onde mostra o tobogã, onde antes estava a concha acústica. A Prefeitura, com estudos, poderia vir a amoldar o tobogã como nova concha acústica, pelos milagres da engenharia, da arquitetura aprimorada, pois traria de volta ao passado os presentes, e para o futuro o eco das torcidas do século XX, além da tradição e dos saudosos torcedores.

Enfim, relatei esta história do século XXI para integrar outras de São Paulo Minha Cidade. Alguns trechos citados aqui saíram do fundo do coração deste cidadão paulista paulistano – e oriundi -, e outros do material do Museu do Futebol.

Caros internautas, vale a pena a visita ao Museu do Futebol, quem sabe nos encontraremos lá.

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