Meus pais Geraldo e Edith moravam na Rua Mazagão, cidade patriarca, ali criaram sete filhos, meu pai construiu no terreno todo, pois aos 50 anos foi atropelado quando ia trabalhar. O acidente foi ao lado da Caixa Econômica na Praça da Sé. Ele ficou sete meses engessado.
Naquele tempo era tudo muito difícil, mas ele se recuperou, porém ficou na caixa, e para não ficar parado, ele ia construindo no fundo do quintal casinhas para alugar. O que ajudava no orçamento de casa, apesar de que a gente ia crescendo e naquela época começava-se a trabalhar aos 14 anos.
Nesta época eu trabalhava na corretora de algodão Suplicy, na Rua Boa Vista, centro de São Paulo, meus irmãos também crescendo começam a trabalhar. Meu irmão vendia roupas e era muito querido pelos vizinhos e irmãos da igreja dele, que era evangélico.
Em 2003, os dois nos deixaram e foram para o céu, minha mão no mês de maio e meu pai em julho… Mas eu quero deixar aqui um tributo a eles que me ensinaram a viver e ter dignidade. Pai e mãe amo vocês e nunca vou esquecer tudo que fizestes por nós.
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