Eu nasci no Pari, na Rua Carnot, 579. Estudei no Colégio Oreste e lendo tantas histórias meu coração dói, de tantas saudades. Lembro da fábrica Casoy, morava em frente; a transportadora do Beto, restaurante Santos, brincava na Conselheiro Dantas. Lembro das festinhas no mês das Festas Juninas; até o cheiro da noite, os balões, queima de fogos da Portuguesa de Desportos.
Lembro que ouvia de longe os batidos das baterias no tempo de Carnaval e os desfiles na Av. Tiradentes. No fim da Rua Carnot foi feita uma praça e à tarde a turma ia para lá jogar bola, vôlei, serra morena. As festa na praça do Largo Santo Antônio, os bailes nas casas no fim do ano, a alegria, as pessoas todas felizes, as pessoas sentadas nas portas das casas… No campo dos soldados, na Rua Canindé, não tinha os muros, então nós entrávamos naquele prédio ainda em construção da polícia militar, fazíamos tochas e à noite íamos até o topo. Nossa gente… Quantas saudades em ver passar diante de nós como um sonho o passado, sentir a vontade de algo que só ficou dentro de nós e em nossas lembranças. Espero que tenha alguém desse tempo que lembre da Jaqueline e da Marcia, elas moravam na Avenida Vautier; foram embora para Santo André .
Uma turma inesquecível: Marco Vinícius, sua irmã Marcia, Tim Carlos e seu irmão Hugo, Olavio… Que saudades!
Beijão para todos que sempre ficaram comigo, que não se lembram mais de mim. Não me importo se não se lembram de mim porque o que vale mesmo é que vocês fazem parte da minha história.
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