Lendas das quatro linhas

Houve muitos times de várzea que se tornaram lendas, tal era a qualidade técnica dos mesmos. Em Pinheiros, tinha o “Brasil” que jogava ali na beira da Avenida Euzébio Matoso, onde hoje é o Shopping Center Eldorado. <br><br>No Rio Pequeno, tinha o "Caveira" e "Portuguesa", no Previdência tinha o "Sanipec" e o "Botafogo". No Caxingui, tínhamos o “Nacional” e o “Grêmio”, no Ferreira tinha o “Espadinha”, no Taboão da Serra tinha o “Municipal” e em Campo Limpo tinha o ”Marfinite”. Já na Vila Dalva, tinha o "Casa Albano", que ficava na Corifeu de Azevedo Marques. <br><br>Tal qual o futebol profissional de outrora, o futebol de várzea também era recheado de jogadores técnicos bons de bola mesmo. Daí, o grande número de grandes times. E olhem que estou apenas referindo-me a dez por cento da capital paulistana. Times do outro lado da cidade, como o “Botafogo de Guaianazes”, o “Leão do Morro”, o “Sete de setembro” e o “Primeiro de maio”, esses três da Vila Madalena e também formaram grandes times. <br><br>Com certeza, não há no Brasil todo, uma fonte tão grande de jogadores que tinham tudo para se tornarem profissionais e que, por motivos diversos, não vingaram. <br><br>Imagino eu, quantos e quantos timaços existiram que, por serem de outros bairros, nem chegaram ao meu conhecimento por causa do imenso tamanho que é “Sampa”. <br><br>No Peri Peri que fica ao lado da Vila Sônia, tinha um time chamado “Rebouças” que também era dos bons. Cada timaço, amigo!<br><br>E os festivais então? Os domingos de outrora eram emocionantes a ponto de fazer a vida ser mais gostosa.<br><br><br>E-mail: [email protected]<br>