Casas e personagens tradicionais de Santo Amaro

Décadas já se foram, mas em minha memória permanecem lembranças esparsas de minha infância e juventude que o tempo jamais apagará e que foram vividas aqui em meu querido bairro de Santo Amaro:

Cine São Francisco: Belas tardes, quando íamos com a namorada, e abraçados, ficávamos vendo os filmes…era o programa que as futuras sogras permitiam. Se a memória não me falha, os proprietários eram os sr. Severino e o sr. Ricco.

Casa Princesa: Loja tradicional de calçados, que ficava no Largo Treze de Maio, cujo dono era um português abastado e muito simpático, sr. Germano. O que atraia a freguesia.

Restaurante Ouro Branco: Era muito freqüentado e que também ficava no Largo Treze e cujos sócios eram os srs. Agenor e Germano e o filho deste, eu.

Restaurante São Paulo: Bem tradicional e bem freqüentado. Ficava também no Largo Treze e quase vizinho com o Ouro Branco. Pertencia ao sr. Ercides e ao seu irmão, Walter.

Alfaiataria do sr. João: Onde eram confeccionados as camisas e ternos dos mais abastados santamarenses. Era pai do dr.Leo di George, meu amigo e colega até hoje.

Bicletaria: cujo proprietário era o sr. Gino Arduine, creio que era italiano.

Loja de tecidos: pertencia ao sr. Jorge Dabur. Era muito movimentada.

Magazine: propriedade do sr. Barroso, que veio a ser sogro do ex- governador de São Paulo, José Maria Marin.

Padaria Quinze: A mais tradicional da região e que pertencia aos irmãos Angélico.

Açougue: vendia todos os tipos de carne. Era do sr. Nico.

Casa Othelo: do sr. Basílio.

Loja de tecidos: de dona Salvatina.

Dentista: Passávamos bem longe…era o pai do meu amigo Ricardinho.

Hoje, vendo os meus netos todos já crescidos, meus cabelos já brancos e a vista já cansada e olhando o Largo Treze, percebo como o tempo passou e tudo mudou.

Saudades do meu antigo Santo Amaro