Capelinhas e catedrais

Neste meu texto escrito em um dia chuvoso, em que parece que tudo dói, mas a fé ainda é uma chama que arde aqui dentro. A fé na vida, a esperança em que o tempo faça voltar aqueles que um dia partiram por um tempo e descansar aqueles que partiram definitivamente. Pela fé que sempre gostei de visitar as igrejas, tanto a capelinha no arraial onde eu nasci, onde se faziam festas dos santos padroeiros, Sto. Antonio, S. João, onde eu dava catecismo para minhas primas e que ficava à beira da estrada e quando passava a boiada a gente com medo se escondia.

Mais tarde, as capelas já não eram mais simples, a do Madre Cabrini, por exemplo. A Catedral da Sé, onde por mais que meu dia fosse atarefado eu entrava para rezar um Pai Nosso. A catedral de S. Bento, com seu canto gregoriano que enchia o coração de paz. A Igreja de Sto. Antonio, que era meu caminho todo o dia, antes de atravessar o Viaduto do Chá. No Ipiranga, além da capela do colégio Maria Imaculada, havia a igreja do bairro, se não me engano de S. Sebastião.

Hoje, aqui, no meu exíguo espaço, ainda vivo pela fé, porque sem fé, essa chama que deve arder no coração de todo o homem, ele está fadado a morrer.

E-mail: [email protected]