Quando se precisava de um médico, chamávamos o Doutor Parolari em diversas ocasiões. O mesmo já cuidou de mim quando fui mordido por um cachorro louco na Rua Visconde de Taunay, em 1965.
O empório da esquina era o “Mesquita” e o bofe para o cachorro comprava-se no ambulante motorizado. Se a nossa televisão quebrava era só chamar o Zechetto e tudo se resolvia.
Nos almoços de domingo tomávamos tubaína e a tarde víamos o Arrelia e seu tradicional:
– "Como vai? Como vai? Como vai?"
De repente, grandes imagens estampavam as casa com Ademar de Barros e Janio Quadros, o que seria aquilo para o garoto?
Na Canuto do Val entrava-se burro e saía animal, diziam as más línguas. Era no Gregório onde encontrávamos o melhor sorvete de groselha.
Certo dia um balão imenso caiu sobre um bonde, parando a Avenida Rudge, foi um alumbramento:
– “Onde esta o papai ?”
– “Foi no Sula. Talvez no posto do Joanim.”
– “Será que na Brasil Gráfica tem este papel? Aproveita e passa no bar do Alfeu para comprar paçoquinha.”
Ah tempo! Que coteja o vazio dos dias atuais com a densidade daquela quadra distante…