Foto: Jose Cordeiro/SPTuris

São Paulo

São Paulo
Minha cidade, eterna confusão,
somos muitos e tantos e quantos,
Mas mesmo assim há tanta solidão.
Essa é a minha metrópole poderosa,
terra de encontros e desencontros,
Não há tantos jardins, mas mesmo assim há rosas.
Vejo brotar do asfalto ipês tão lindos,
nos tons acinzentados de sua paisagem,
Em uma primavera de dias floridos.
Outono e inverno de aparência soturna,
O calor do verão que nos causa miragens
Finais de tardes lavados pelas chuvas.
Amores descobertos na condução,
Vidas perdidas em seu trânsito,
Perfumes inalados em sua poluição.
Pequenos oásis em seus parques,
Pássaros que nos encantam com seus cantos,
Conversas entre amigos pelos bares.
Minha cidade que a muitos acolhe,
Mas também nega sem perdão,
Que tantos alimenta e onde tantos passam fome,
Tenha por nós sua compaixão.