Um piano ao cair da tarde

Hoje amanheci com uma dor terrível na coluna, me aborreço muito quando fico assim. Mas resolvi buscar algo agradável para fazer.<br><br>E escrever histórias me dá prazer, embora tenha alguns erros de ortografia, que eu bem sei, mas não faz mal, afinal não sou escritora e sim contadora de história.<br><br>Lá no Madre Cabrini no ano de 1969, a irmã mestra das postulantes, resolveu que eu deveria aprender piano. <br><br>E todas as quartas eu me sentava ao piano e a irmã que ensinava, tinha uma varinha para mostrar as notas, e cada nota que errava eu levava uma varadazinha e uma bronca.<br><br>Na primeira audição, a quatro mãos eu me sentei ao piano. Ia tudo bem, até que eu olhei para trás e me intimidei errando todas as notas, foi uma humilhação, nunca mais quis saber de piano, hoje me arrependo de ter desistido, seria mais uma coisa para ajudar a passar o tempo.<br><br>Os pianos ficavam no quinto andar, as teclas eram amareladas pelo uso, e ao cair da tarde as alunas que estavam aprendendo as primeiras notas ficavam tocando, tocando me davam uma suave nostalgia.<br><br>E a timidez que eu tinha continua, e faz parte da minha vida, e a cada dia percebo que isso faz bem, pois tenho o meu mundinho e isso me basta.<br><br><br>E-mail: [email protected]<br>