O ano é 1955 e estudo no Grupo Escolar Buenos Aires, bem ali na Avenida Cruzeiro do<br>Sul. Estou no primário e tenho muitos amigos que depois da aula vão comigo dar uma volta no bonde que faz parada defronte a escola (muitas crianças já se acidentaram fugindo do cobrador). Eu sou um garoto muito levado e ando de bonde pendurado no trilho.<br><br>O trem da Cantareira solta umas fagulhas que quase queimam as minhas mãos, o motorneiro do bonde “Bailarino” dá uma risada gostosa, contagiando o ambiente…<br><br>Aproveitando a descida da Cruzeiro, vou dar uma volta com o meu carrinho de rolimã, depois vou jogar futebol de salão, um esporte que esta surgindo na quadra da igreja Santana. O padre Matias não se opões a prática do esporte, também pudera, já que vou ser congregado mariano.<br><br>O meu amigo Heitor me avisou que está passando um seriado bem bacana no “Cine Hollywood”, mas ir ao “Cine Vogue” que é mais simples e eu posso levar a minha vizinha Nadia, que prometeu um dia casar-se comigo. Prometi a ela que depois do cinema a levo para tomar um sorvete na “Padaria Polar”.<br><br>O tempo bom passou depressa, eu era tão feliz e nem ao menos imaginava. Santana, meu amor…<br><br><br><br><br>E-mail: [email protected]<br>