Remexendo em velhos arquivos de textos e revendo algumas fotos para eu poder selecionar para o novo blog, abri um arquivo com fotos que tirei quando do aniversário de 450 anos de Sampa.
Eu quis participar da caminhada pelo Centro Velho, em um dos eventos para comemorar a data.
Minha neta, a Nathália, na época com oito anos, quis ir comigo e, mesmo que eu lhe dissesse que iríamos andar muito sob o so, por algumas horas, ela não se abalou e quis ir.
Saí de São Bernardo do Campo de carro e fui até o terminal Jabaquara do metrô. Deixei o carro no estacionamento e lá fomos nós, de metrô, até a estação da Sé.
Nathalia se encantava com a imensidão da Praça e com a Catedral da Sé. Subimos suas escadarias imensas e abarrotadas de pessoas que já aguardavam para participar da caminhada, assistindo a um concerto de metais nos degraus da igreja.
Ao entrarmos no recinto da Catedral, vi o olhar curioso e emocionado de minha querida neta, que fez o meu marejar. Voltamos ao Marco Zero e nos postamos bem na frente, junto ao cordão de isolamento para a largada. Bem atrás de nós iam se avolumando o contingente de pessoas, tão ansiosas quanto nós.
Assim que foi data a partida, uma avalanche de gente foi passando por nós, pois eu não queria correr e nem deixar a pequena cansada logo de início.
Entramos pela Rua Direita, onde as portas das lojas fechadas serviam de abrigo para os que assistiam. Passamos pela Rua São Bento, avançamos pelo viaduto Santa Ifigênia.
Ao longo de todo o percurso, eu queria mostrar para minha neta o esplendor de Sampa, que estampa, em sua face multicultural, o retrato e a resistência de seu povo, heróis anônimos que se aninham em seu solo em toda a sua extensão.
Queria que ela visse a cidade, assim como meus olhos enxergam Sampa… Cidade campeã, mãe dos brasileiros, locomotiva do país e coração do Brasil. De pequeno vilarejo se fez gigante com sua força econômica resistente às adversidades.
Fomos avançando pelas ruas, tranquilas naquele dia, onde pudemos observar os principais prédios do Centro Velho, alguns reformados, mas conservados em seu desenho, como oS da Marquesa, o Pátio do Colégio, o prédio do Banespa, o Vale do Anhangabaú e muitos outros. Pudemos verificar o sensacional trabalho de restauração do edifício número 97 da Rua Roberto Simonsen, endereço da primeira policlínica da cidade, obra bancada pela Caixa Econômica Federal. O imóvel tem mais de 1,6 mil metros quadrados e foi recuperado para ser utilizado como o Novo Centro Cultural da Caixa.
O majestoso Theatro Municipal, todo reformado e entregue ao povo paulistano… Fiquei emocionada, mesmo não podendo adentrar com Nathália, pois estava repleto de pessoas com a mesma intenção que nós.
A multidão já estava meio dispersa quando retornamos ao Marco Zero, onde já acontecia alguns shows. Cansadas, resolvemos tomar água e refrigerantes para, depois, voltarmos para casa, extasiadas.
As fotos não ficaram boas, mas, ainda assim, trazem boas recordações e fico feliz por poder mostrar a minha Sampa querida, meu berço esplêndido, para meus filhos e para minha neta, também paulistanos.
E-mail: [email protected]