Que saudade do Centro Antigo

Em 1969, ano em que comecei a trabalhar, morava na Rua D. José de Barros, em um apartamento pequeno, mas muito aconchegante. Quase em frente, ficava o Cine Olido, que eu achava bacana. Na região do Paissandu, havia pelo menos cinco cinemas muito bonitos. Era só descer do apartamento e escolher o filme que queria ver. Lembro-me que ainda tive a chance de assistir a apresentações de piano, antes das sessões do Cine Ouro.

Bem perto, na Rua Barão de Itapetininga, havia a Vienense, uma confeitaria que também tinha um pianista (não me lembro se era homem ou mulher). Muitas vezes ia lá tomar o chá das cinco, embora fosse um programa para pessoas idosas.

Para minha sorte, trabalhava no Grupo CVB, em um prédio moderníssimo, um luxo, na esquina do Paissandu com a Antônio de Godoy. Era só atravessar o largo e já estava no trabalho. Na Antonio de Godoy havia a padaria e confeitaria Italiana, na qual comprávamos massa fresca para os almoços de fim de semana.

O melhor de tudo é que não precisava enfrentar trânsito para nada, nem precisava tolerar flanelinhas e a impessoalidade dos shoppings. E no geral, as pessoas eram bem menos estressadas.

Ainda gosto muito da São Paulo de hoje. Mas não acho que se compare com a ‘SAMPA’ de antes, talvez porque naquela época era muito jovem e via a vida e a cidade com óculos cor-de-rosa.

Ah! Havia ainda a famosa garoa.

Vou parar por aqui, porque tenho memórias para preencher umas 20 páginas.