Era este o nome de uma singela brincadeira infantil que meu contrariado irmão, em nome da fraternidade, se via obrigado muitas vezes, a aderir. Por ser mais ou menos parada, os estafados participantes, muitas vezes traiam-se propositalmente, para terem os cabelos puxados, o que não difere muito de hoje em dia. Claro que preferia fazer parte de pega-pega, esconde-esconde, piques, barra-manteiga, calçadinha é minha (não é do rei, nem da rainha), queimada, passa-passa-tres-vez (não vezes), balança-caixão, futebol…
Como tenho 62, sou fruto de uma geração de mulheres em que a atividade sexual só era iniciada após o casamento, não importando se os hormônios estivessem à flor da pele, mas o pudor, os conceitos e os preconceitos sempre falavam mais alto e então minha fantasia era encostar o rosto em um peludo peito masculino e nada mais… O que não seria possível realizar hoje, nem mesmo ter a mesma fantasia porque os meninos hoje abominam pelos e as meninas também ("Deus me livre namorar um cara peludo"). Fazem a higiênica depilação a laser!
Assim é que, graças aos eletrônicos, aquelas brincadeiras ficaram lá no passado e a magia de qualquer fantasia feminina, também.
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