Nasci na Penha, na Rua Tuapé número 55, travessa da Rua Caquito em 1954. Hoje no local tem uma Igreja, no número 51.
Éramos uma família de 11 filhos de Euclydes e Anna. O mais velho era Antonio, depois Irene, Olympia, Francisco, Valdir, Carlos, Euclydes, eu – Edmir, Ana Maria, Paulo e Marco Antonio, o caçula. Meus irmãos Francisco, Valdir e Carlos trabalharam na Ótica da Penha, que ficava na rua que desce para o Clube Esportivo, em frente à Padaria Nova Iara.
Estudamos no Grupo Escolar Santos Dumont, que vim a saber que é antiquíssimo, fundada nos idos de 1800. Estudamos no Estadual da Penha. Lembro da professora Dona Francisca e do professor Colbert, além da fanfarra que fui participante.
Minhas lembranças do tempo de criança, quando era um prazer ir ao cinema, ao clube e aos piqueniques organizados pelas famílias do bairro. Os cinemas mais chiques eram o Júpiter e o Penha Palace, que mudou o nome para Penharama.
Os bailes de domingo no Esportivo da Penha, os bailes de sábados e domingos, o da Foz, do tempo do Teleco… Nunca mais voltará o tempo passado, mais sempre estarão gravadas na minha memória as lembranças felizes.
Vou contar duas histórias daquele tempo. Por um mistério do destino, quando criança vi uma menina jeitosa entrando na casa dela, na Rua Tuapé, e disse para mim mesmo e para meu irmão Euclydes: “ vou me casar com esta menina”.
Passados 20 anos, socorri uma mulher com seu carro quebrado na via pública, era a mesma menina. Um ano depois me casei com ela. Parece um tempo mágico!
Depois, um dia voltava do Clube Esportivo da Penha com meu amigo de infância o Roberval,e ao ajudar uma senhora idosa, que disse ter perdido a vassoura no quintal, fomos procurar por ela, quando do nada a velha desapareceu na nossa frente. E ai saímos desabalados pela Rua Rodovalho Júnior, rindo tanto que doía o estômago, batendo o calcanhares nas nossas traseiras.
Outra lembrança: A goiabeira do meu quintal que dava frutos de um lado brancos e de outro vermelhos. Muitas crianças daquela época comeram as goiabas, algumas pessoas poderão afiançar meu relato.
E uma vez empinando pipas na Rua Tuapé, fiz uma barraca grande para empinar (de meio metro quadrado), mas como cauda, utilizei um pé de mandioca. A barraca subiu que nem rojão. Mas quando estava bem alta despencou o pé de mandioca, acho que caiu em algum telhado na Rua Evangelista de Souza, Padre João ou Penha de França… Tomara que sem estragos!
Obrigado, gostaria de rever meus amigos de infância, encontrá-los e ver como estão hoje, espero que bem, graças a Deus.
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