Em 1965 e 1966, nas esquinas da Rua Xavier de Toledo com a Rua Sete de Abril, naquela calçada que vai dar na Biblioteca, havia um bar onde na entrada, mais ainda na calçada, havia um senhor cujo apelido era Chacrinha, o qual vendia salgadinhos.
Para se ter uma idéia, ir ao Centro novo paulistano e não ir degustar os salgadinhos do tal Chacrinha, era o mesmo que ir a Roma e não visitar o Vaticano (e o papa). Tinha se tornado um hábito para aqueles que estivessem no centro, frequentar aquela esquina onde as coxinhas tinham 95% da preferência das pessoas pela sua excelente qualidade.
Era uma coisa de primeiro mundo tanto no sabor, quanto na higiene e tamanho… E a maciez e cremosidade, então? Enfim, a esquina do Chacrinha, como ficou conhecido aquele pedaço, ficou famosa por causa do tal Chacrinha e os seus salgadinhos. Pessoas de todos os lados vinham: Office-boys, garotas, empresários e executivos. Quando o Chacrinha não podia ir, ele mandava o irmão à substituí-lo, mais o povo preferia o titular.
Além das famosas coxinhas do Chacrinha, a Xavier de Toledo tinha outra atração paulistana que se chamava Luisinho, que era nada mais nada menos do que aquele guarda que ficava na esquina do Mappin, que era muito querido pelos paulistanos em geral.
Honestamente, penso que nos dias atuais, existem poucos locais onde se vendem salgados, cuja qualidade se assemelhe àqueles que são objetos desta mensagem. Obrigado a todos!
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