Hoje me lembrei de coisas que sozinha me fizeram rir. Mas que por conta disso levei bronca.
Quando era adolescente, lá no Madre Cabrini, tendo eu uns 14 ou 15 anos, fui com a madre Cléofas no Mercadão da Cantareira como fazia todos os sábados com a perua do colégio para fazer compras. A perua, me lembro bem, era de madeira e o motorista morava no colégio, em um apartamento bem abaixo do refeitório. E lá no mercado a madre fazia suas compras, mas também ganhava muita coisa que era bem aproveitado.
Quando chegava a perua, eu separava tudo e guardava na câmara fria. Essa câmara não sei se existe mais… Mas a história que conto aqui é a de um passarinho muito bonitinho e cantante, que a irmã ganhou de presente.
E como seria em breve o aniversário da provincial madre Lucia Vitor Rodrigues (que Deus a tenha), fiquei encarregada de cuidar do bichinho.
Mas a Vera, que era minha amiga cismou de pegar o passarinho nas mãos. Eu, a principio não quis, mas ela era muito persistente e acabou fazendo o que queria. Abriu a gaiola e, de repente, o passarinho escapou das mãos dela e foi parar no teto…
Ai que desespero! Eu disse:
– “E agora Vera? Como nos vamos pegar?”
Subimos nas cadeiras, pegamos a vassoura e ficamos um tempão tentando, mas tudo foi em vão.
O passarinho bateu asas e voou.
Depois de tudo isso quem acabou levando a bronca fui eu, que estava encarregada do bichinho.
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