Nor…. destinos!

Não sei se José, João, Severino ou Waldiclay; o que sei é que a eles devemos muito! Foram eles que pavimentaram as ruas do Ipiranga, por onde caminham as saudades do Nelinho. Foram eles, também, que construíram salões, Bixiga afora, que marcam o paladar dos textos do Miguel.

E elas, então? Quem melhor enfrentaria as faxinas pesadas, nas casas da Margarida; da Vera; da Doris… Mais: alojados todos sob a denominação de "baianos", criaram um "nicho de Mercado” que muito fez crescer a publicidade e propaganda, por onde tão bem transitou o Saidenberg e que fez surgir, criada por judeus, a Casas Bahia.

Sem sonhos que ultrapassassem uma digna sobrevivência, eles foram ficando, expandindo limites, preparando a cidade adotiva para sua “megalópica” referência. O coração? Este se dividia entre a origem e o destino.

E por falar em destino… Foi fugindo dele, daquele que se fazia vivo a cada seca, que para cá vieram. Mas, quão danado é esse tal de destino! Para a dor que ele carrega, parece não haver distância, não adiantar fugir. Uma dor para a qual a medicina ainda não descobriu cura. Nem mesmo a cataloga.

Ora…

Sangue não dói? Que, então, faz correrem tantas lágrimas, banhando aquelas faces vincadas e amarelecidas pelo enfrentamento de situações que, por suas necessidades, pouparam-nos de vivê-las?!

Sangue dói, sim! E é uma dor que se estende até onde se estende a descendência, a amizade, o compadrio. Não sei se essa dor é ou não viral; o que sei é que ela também está doendo em mim! E olhem que nenhum grau de parentesco me leva ao Nordeste, especialmente a Alagoas e/ou Pernambuco, ou melhor…

Se a genética se renova a cada dia por suas diárias descobertas, por que não poderia nosso sangue fazer-nos todos irmãos? Afinal, não foi assim que Jesus nos identificou? Pois é. A dor que está doendo lá, sei que também dói aqui, faz-se latente em cada um de nós, frequentadores das páginas do SPMC.

Criaturas especiais que somos, reconhecedores que nos fazemos do tanto que nossa querida São Paulo deve a nossos Irmãos nordestinos. Sei que se faz desnecessário o apelo com o qual termino este texto, pois ele chega atrasado, já que se fará redundante, mas, mesmo assim, tomo a liberdade de pedir a todos vocês leitores, que nos unamos em oração, pedindo a Deus alívio para a imensa dor daqueles que a acreditam destino. Se não bastarem as imagens que a TV nos traz, façamos isso por amor, por caridade ou até mesmo por egoísmo, já que o alívio que lá chegar, certamente repercutirá em nós.

Quando? Agora!

Assim que você terminar esta exaustiva leitura, faça uma oração, seja ela qual for, identificada com qualquer que seja seu credo. Nosso SPMC, pelo qual circulam amor, saudades, eu compartilho e sei que se fará veículo certo.

Afinal, já dizia lá pelos idos de 1500/1600, um tal de William: "há muito mais mistérios entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia!"

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