Ninho vazio

A menininha dos meus olhos
tem a pele morena
tem a voz suave.
É a minha pequena
desde garotinha.
 
Os que seu caminho cruzava
seu sorriso cativava
e hoje bem distante
continua a amar
os amigos mais inconstantes.
 
Há um tempo em que nossos filhos têm que partir para suas vidas. A minha filha partiu para São Paulo quando tinha apenas 17 anos.
 
Já trabalhava aqui no comércio e estudava, mas um dia chegou dizendo:
– Mãe, vou para São Paulo.
 
Uma amiga dela havia arrumado emprego em uma imobiliária e ela se empolgou. Pediu demissão e, quando vi, estava de mochila nas costas, fazendo o mesmo caminho que fiz.
 
Diante de tanta determinação, fazer o quê?
 
Lá morou na Avenida Nove de Julho com umas meninas que eram daqui da cidade, e juntas ficaram o tempo que moraram em São Paulo, depois se mudaram para Avenida Paris; diz ela que é na Pompeia, eu digo Vila Madalena.
 
Esses anos que esteve em São Paulo aprendeu muito com a vida, passou por muitos apertos, mas criou responsabilidade e amadureceu.
 
E, dividindo apartamento, despesas, aprendeu a respeitar as diferenças.
 
Hoje está casada e mora na Califórnia, primeiramente foi para Illinóis, depois mudou-se para a Califórnia. E, está aprendendo muito com a vida, convivendo com pessoas de outros países, mas a pequena regrinha que lhe ensinei quando mal sabia falar está servindo muito. Por favor, muito obrigada, me desculpe.
 
Quero compartilhar com meus amigos mais este texto. E, nesse verso, tem um M do seu nome; Mariana.