Mundo cruel

Se fosse possível, voltaria ao marco zero, lá no inicio, onde tudo começou.

Ah! O jardim de infância, quanta inocência, apenas brincadeiras, um mundo rico de fantasias, sem responsabilidades, sem violência. Lembro-me praticamente de tudo, infelizmente não me recordo do nome da escola, só sei que até hoje ela existe, lá no Tatuapé, perto da Rua São Jorge, um lindo prédio, aparentemente bem conservado, não tenho certeza, mas deve ser da administração municipal.

Era o ano de 1969, quando comecei minha trajetória escolar. Era o começo de tudo, pois apesar da inocência e somente brincadeiras, as coisas mudariam, a responsabilidade já se apresentava, e logo me informava, que, um mundo cruel, cheio de imponência, me aguardava.

Pois bem, passou o tempo, e lá estava eu, vivendo essa imponência, matando um leão por dia, resolvia um problema e já me deparava com outro, e assim fui sobrevivendo, ora alegre, ora triste. Mas certamente tenho saudades, pois trata-se de minha infância, juventude e até mesmo da maturidade, que por sinal sempre me acompanhou.

Puxa, como o tempo passou rápido! Até parece que ontem mesmo estava eu com meus amigos na rua, correndo, pulando, jogando bola, quantas saudades, o peito chega a doer, as lágrimas a encher os olhos, mas o que fazer, a realidade é pura e crua, a vida é assim mesmo. Pois quem de nós é diferente neste aspecto? Creio que ninguém.

Hoje, olho para o mundo e vejo tudo cinzento, uma sociedade falida, onde a falta de Deus é tamanha. O respeito dificilmente é encontrado nas pessoas, o companheirismo, a solidariedade, o amor, a dignidade, honestidade, características fundamentais, estão em extinção.
O materialismo, a ganância e a ânsia pelo poder, apagaram a memória de boa parte da humanidade, o que nos resultou em uma sociedade decadente, sem princípios espirituais e morais.

Mas enfim, vamos viver intensamente a cada dia, pois, podemos fazer a diferença.

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