Discordo de muitas coisas, por exemplo, do Caetano em "Sampa" falando de deselegância das mulheres paulistas. Absurdo! Em São Paulo estão as mulheres mais bonitas – e elegantes, claro – do país.
Isso, de concordar e discordar, me leva a pensar no Brasil. Brasil que tem seus problemas, e tantos que nem vale a pena relembrar aqui, mas é um país que também que temos muito do que se orgulhar, o problema é que “coisas acontecem por aqui” só que alhures outros encampam a fama que não é – quase nunca – atribuída aos brasileiros e, estes também fazem questão de “atribuir aos outros”.
Exemplos são vários. Lima Barreto cunhou a frase “no futuro todos terão 15 minutos de celebridade”. Isto consta no triste fim de Policarpo Quaresma, mas o crédito para o bem e para o mal não é dele, é do Andy Warhol.
O mundo, pelo menos o mundo esclarecido, sabe que quem inventou o rádio foi o padre Landell de Moura; no Brasil se pensa em Marconi. Já teve até “Rádio Marconi”, mas nunca Rádio Landell. Avião então, nem pensar. Claro que foi Santos Dumont, mas ainda há quem defenda os irmãos catapultados.
Quanto à música, a voz do milênio é de Elza Soares, só que ela é que tem que apregoar isso em propaganda oficial atualmente no ar, porque senão…
Há outros casos famosos como o do grande Moacyr Scliar, autor do livro que originou “As aventuras de Pi”, e que teve sua ideia surrupiada por um autor menor, canadense.
Estou tocando nesse assunto não por ufanismo, longe disso, mas porque ando meio cansado de ouvir falar que aqui só tem “enrosco”, que isso é uma curva de rio. Que é isso é, mas não é só isso não, tem muita coisa boa por aí.