Quando chega o final do ano, entre novembro e dezembro, vem aquela saudades daqueles tempos idos, tão inocentes e distantes… Certa vez li que as recordações de nossa infância e juventude serão fonte de alegria quando formos mais velhos.
Como se tivesse algum tipo de poder voltar por alguns instantes mágicos no Brooklin, ano 1969, como num filme vejo nossa vilinha. O Natal sempre foi uma data mágica para nós, naqueles tempos as coisas eram diferentes e talvez um pouco mais difíceis, mas muito, muito felizes… Nossa casa nesta época era um ponto de referência, não porque havia luxo ou suntuosidade, mas sim porque o Papai Noel vinha com seus presentes e seu livro onde registrava nossas artes e traquinagens feitas durante o ano. Claro, nunca era ele quem lia, mas um ajudante (risos)… Se não fosse assim, descobriríamos quem ele era… Além disto, cantávamos e só depois disto ele ia embora e somente então os presentes eram abertos, depois a ceia.
Meu pai, minha mãe e avos amavam preparar esta festa com muita antecedência e todos seus detalhes eram pensados nos mínimos. Tudo muito simples, mas feito com muito amor e carinho… Como na Vila havia muitas crianças, o Papai Noel lia e distribuía os presentes para eles também… Com isto nossa pequena casa ficava cheia de luz, brilho e encanto que as crianças têm!
O ano de 1969 ficou marcado porque além dos acontecimentos históricos, foi o ano em que todos da minha família apareceram na véspera. Eu nunca me esqueci! O tempo voou: casei-me e tive dois filhos. Procurei repassar a eles as tradições e fazer a mesma coisa que magicamente vivi…
Até hoje quando escuto algumas músicas antigas de Natal na TV, consigo voltar como que por encanto naquele tempo, e retorno a minha infância no Brooklin…
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