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Categoria - Nossos bairros, nossas vidas Pelas ruas do Ipiranga Autor(a): Nelinho - Conheça esse autor
História publicada em 25/11/2014
Hoje resolvi dar um giro pelo meu querido bairro do Ipiranga, logo após o café da manhã. Li o jornal, desliguei o rádio, que é meu companheiro de todas as manhãs (começa pela Bandeirantes com o "Pulo do Gato" comandado pelo José Paulo de Andrade, em seguida vem o noticioso "Primeira Hora", logo após vem o jornal da Bandeirantes "Gente"), e fui para a rua devidamente agasalhado, pois o clima não estava para brincadeira.
 
Resido na Rua Moreira e Costa, vou descendo em direção à Rua Bom Pastor, atravesso essa rua e aí começa a Rua Lucas Obes. A primeira travessa é a Costa Aguiar, onde ainda permanece o prédio da antiga Escola Técnica de Comércio São Carlos, que frequentei por 2 anos o curso ginasial. Hoje já está desativada. 
 
Continuo descendo e a próxima travessa é a Cipriano Barata, nessa rua ficava a casa de meu Tio Farino e morava também uma linda loira de nome Madalena (por onde andará?). Sigo em frente e a próxima travessa é a Agostinho Gomes, onde morei na minha infância na casa nº 2.197 (ainda está lá, reformada).
 
Por onde andarão os amiguinhos e amiguinhas daquele quarteirão, que ficava entre a Lucas Obes e a Almirante Lobo na década de 40? A loirinha Jane, com quem tive um breve romance de menino; a Irene, uma linda garota e irmã do Enzo; minha prima Dalva, que se mudou para o interior e nunca mais tive notícias; a Inês, neta de uma família de alemães, onde cheguei a saborear deliciosas saladas de beterraba...
 
Entrei nesse pedaço da rua e uma onda de saudade quase me levou às lágrimas. Fui seguindo na Lucas Obes, passei em frente à casa da Cidinha, uma linda menina que também se mudou. Mais à frente ficava a sapataria do Tonico; na esquina com a Lino Coutinho ficava o salão de barbeiro dos irmãos espanhóis, que venderam o ponto para o Grimaldi e este por sua vez passou o ponto para o Jeremias Sapupo. Hoje o salão não existe mais, o transformaram em mais um cômodo da casa de esquina.
 
Do lado oposto, residia o pessoal da família Silvestre. Um dos membros dessa família, o Hélio, tinha uma loja de tintas na Rua Martins Fontes. Na outra esquina ficava o empório do Sr. Issa, que tinha duas filhas morenas lindíssimas, onde andarão?
 
Sigo em frente e paro por alguns instantes em frente ao salão do clube C.D.R. São José, onde passei os melhores anos de minha juventude. Paro por aqui e prometo continuar na próxima semana (como acontecia nos seriados do cinema Paroquial). O passeio se estendeu até às 13h e eu saí de casa às 07h30!!! rs
 
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Publicado em 02/12/2014

Caro Nelinho..................Maravilhoso vosso texto....Outro dia, fiz o mesmo, fui ao Caxingui rever os pedaços onde cresci, ver a mudança arquitetonica do bairro. Outra coisa do seu texto que tem que ser destacado prende se aofato depessoas que nunca esquecemos... e a interrogaçao sobre oque foi a vida delas é inevitável...........um misto de nostalgia triste com saudades satisfeitas...é bonito é gostoso ver o passado,mais as emoções afloram.....Nelinho, de novo, parabéns pela idéia maravilhosa

Enviado por Francisco Lemmi Filho - [email protected]
Publicado em 29/11/2014

Belas lembranças, e passear pelas ruas do Ipiranda é tudo de bom.

Abraços.

Enviado por Julia Poggetti Fernandes Gil - [email protected]
Publicado em 28/11/2014

Belo e nostálgico passeio, Nelinho. Que além de fazer bem aos ossos e coracão, aguça a memória, para lembranças de pessoas há muito perdidas. Lugares, conhecidos, musas, que sumiram deixando marcas. Quanto às belas de então, é melhor assim, pois continuarão, para todo o sempre, paralisadas no tempo e no auge de sua beleza. Abraços.

Enviado por Luiz Simões Saidenberg - [email protected]
Publicado em 27/11/2014

Nelinho, lidar com as saudades não é tarefa fácil mesmo. Quando vou ao meu Cambuci, também olho para todos os lados, como que procurando as pessoas, as lembranças ,as situações... a emoção vem. Ainda bem que ela visita o nosso coração. Lendo você ouço o meu pai falando das mesmas ruas, das boas recordações, das pessoas que sumiram no mundo. Muitas vezes tenho vontade de escrever sobre o Ipiranga... mas esse espaço é do Nelinho, com conhecimento e paixão própria pelo bairro. Meus parabéns e receba o meu abraço.

Enviado por Vera Moratta - [email protected]
Publicado em 27/11/2014

Um passeio nostálgico rendeu uma narrativa bem estruturada e rica em detalhes. As menções de ruas e avenidas no histórico bairro do Ipiranga, berço querido do nosso não menos querido Nelinho, formando um tecido maravilhoso de seu "cantinho da saudade", sem ser pedante Nelinha mais uma vez nos dá um belo presente. Parabéns, Nelinho, um forte abraço.

Modesto

Enviado por Modesto Laruccia - [email protected]
Publicado em 26/11/2014

Nelinho, claro que o passeio só poderia demorar 5 horas e meia, pois, haja tempo pra relembrar de Madalena, Jane, Irene, Dalva, Inês e tantas beldades...

As vezes me pego fazendo o mesmo.

Parabéns

Pedro Nastri

Enviado por Pedro Nastri - [email protected]
Publicado em 25/11/2014

Tô longe...dos lugares...do tempo....e na memória seu relato, aviva imagens, lugares, pessoas que estavam apagadas, ou melhor, escondidas ....coisas que somente com um toque voltam....e daí....

Bom Pastor...Alexandre de Gusmão...Casa Canela....o Bonde....

Ruas em que na juventude conhecíamos, cada esquina, e que agora ficam distantes, no tempo e no espaço....

Emocionante, na minha memória....seu passeio...e obrigado por fazer me participar....

Peron

Enviado por Luiz C. Peron - [email protected]
Publicado em 25/11/2014

O tempo passa rápido, enfim lembrei que o meu tio Brás Osório de Oliveira e Deolinda Tangerino casaram na Igreja São José, isso dia 29 de julho de 1958. Quando ouvi pela primeira vez o som de um órgão de tubos.

Enviado por TANGERYNUS - [email protected]
Publicado em 25/11/2014

Nelinho

Mais uma vez você faz uso da sua privilegiada memória, detalhando nomes e mais nomes que ficaram perpetuamente gravados em sua mente.Parabéns - Abraços - Capuano

Enviado por Roberto Capuano - [email protected]
Publicado em 25/11/2014

Uma retorno ao bairro do Ipiranga e relatos de belas memórias vividas.

Enviado por Ana Maris de Figueiredo Ribeiro - [email protected]
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