Leia as Histórias
História publicada em 10/07/2014
Em 1986, no México, acho que sim...
Seleção brasileira portentosa foi aos poucos avançando, até o triste jogo com a França, quando foi eliminada nas penalidades.
A mídia, como sempre, procura heróis, procura culpados e os endeusam ou os condenam, depende do resultado. Ganhar é o que importa, e nos esportes, sempre temos vencedores e vencidos.
No dia "fatídico" da eliminação, estávamos eu e minha família.
Saímos da cidade de São Paulo para visitar meus pais numa cidade do interior, Pedreira, perto de Campinas, e, no meu carro, uma pequena e simples bandeira amarela, feita pela esposa, era balançada pelo filho caçula com a inocência de seus 10 anos de idade, imitando os que, com carros decorados, com enormes delas, faziam as carreatas, pelas ruas. E íamos assistir ao jogo torcendo, obviamente, pela nossa seleção.
Ao passar por uma esquina, havia uma aglomeração de pessoas, gritando, cantando,exaltando jogadores. “Viva a seleção, viva o Brasil!”.
Que emocionante demonstração de apreço e patriotismo, ali era externada! Pessoas alegres, vibrantes, cordiais, numa demonstração impressionante. Tivemos até alguma dificuldade em atravessar, e alguns brincavam com o menino, que continuava a balançar sua pequena bandeira.
Fomos até a casa de um irmão, e lá assistimos o... desastre.
Aborrecidos, íamos voltando, e o menino, dentro de sua ingenuidade, continuava a balançar sua pequena bandeira.
Ao chegar à esquina, onde há algum tempo a euforia, o amor pela pátria e a camisa canarinho tinha me contagiado, uma turba de "homens" abrutalhados, desenganados pelo resultado, gritavam palavrões e insultos aos jogadores e à seleção. E o pior: no meio da rua uma fogueira de bandeiras.
“Pare”, ordenaram. ”Dá a bandeira prá queimar!”
De forma irracional, arranquei, e felizmente o idiota, que estava em frente ao carro, safou-se.
O fato me fez mudar... Hoje, sempre torço pelo Brasil, mas não mais pela Seleção Brasileira de Futebol. Não importa o adversário.
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Publicado em 15/07/2014
Peron, infelizmente o futebol se tornou um negócio muito lucrativo, os jogadores vivem fóra do Brasil e não sentem mais o calor da pátria, esta Copa para nós foi um desastre total, foi uma pena, parabéns pelo texto.
Enviado por Nelinho - [email protected]
Publicado em 15/07/2014
Triste dia aquele, Peron, mas não mais do que os 7 a 1, da Alemanha. Boa recordação, parabéns, Luiz.
Modesto
Enviado por Modesto Laruccia - [email protected]
Publicado em 10/07/2014
Lições que a vida nos faz passar e que marcam nossa trajetória. Pena que poucos pensam como você e misturam sentimentos pátrios com sentimentos futebolisticos.
Gostei do que li.
Enviado por Miguel S. G. Chammas - [email protected]
Publicado em 10/07/2014
Poia é Peron, isso que voce relata bem é mais comum que parece, é coisa do ser humano desumano e irracional, vai do amor ao ódio em segundos, parabéns,Estan.
Enviado por Estanislau Rybczynski - [email protected]
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