Leia as Histórias
“Tiriiiiiiiiiiiiiim, Tiriiiiiiiiiiiiiiiim, Tiriiiiiiiiiiiim.”
- “Alô?”
- “Alô, eu quero falar com o Papai Noel.”
- “Lamento informar, mas o Papai Noel, não mora mais aqui, com o aumento do IPTU, ele levou o trenó e suas renas e virou sem-teto.”
- “Não acredito! Mas para onde ele foi.”
- “Não sei, ele não deixou endereço.”
- “E agora o que será do Santo Natal.”
- “Desculpe, mas no meu entender o natal só foi santo mesmo, uma só vez na vida, foi no dia em que Jesus nasceu, porque com certeza no dia seguinte já tinha alguém explorando o assunto, levando vantagem nisso. E depois tem outra coisa, hoje em dia, uma grande parte da humanidade já não acredita muito em nenhum dos dois.”
- “Nenhum dos dois, o que?”
- “Nem Jesus Cristo e nem no Papai Noel.”
- “Nossa! Que coisa horrorosa.”
- “Horrorosa é a vida do papel higiênico.”
- “Do papel higiênico por quê?”
- “Ora, porque quando ele não está enrolado, tá usado, sujo e no vaso.”
- “O senhor é muito grosso, não tem vergonha não.”
- “Ora, quem deveria ter vergonha são as pessoas que fazem corrupção, desviam o dinheiro público e obrigam os governos a decretarem aumentos de impostos para cobrir o dinheiro que foi desviado daquilo que foi arrecadado, como também do que foi sonegado pelos “honestos” fariseus que sonegam os impostos na certeza que o mesmo vai ser roubado pelos governantes. E em minha opinião não existe diferença entre o sonegador e o corrupto. Pois se um impede que os governos arrecadem o outro desvia para si o que foi arrecadado. Deveriam estar juntos, presos na mesma cela, discutindo esse assunto tão polêmico, um dizendo que sonegou para não ser roubado e o outro dizendo que desviou, mas deu tudo para financiar as eleições do seu partido. Enquanto eles discutem o tema, faltam remédios nos postos de saúde, outros morrem sem atendimento nas portas de hospitais ou são atendidos como animais em macas pelos corredores, por falta de leitos.”
- “Puxa, não havia pensado nisso. Posso deixar um pedido caso o Papai Noel passe por aí antes do Natal.”
-“Pode sim.”
-“Diga para o Papai Noel trazer para todo o povo paulistano, paulista e brasileiro, uma tremenda vontade de honestidade, pois se todos forem honestos e assumirem isso no coração, todos serão felizes, o povo, os governos e todos sairão lucrando sem sonegação e sem corrupção. Feliz Natal a todos.”
- “Aquele abraço.”
“Click.”
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Arthur, boa história, voce é um roteirista de mão cheia, as pessoas estão desacreditadas de tudo ultimamente pelos desmandos e desonestidades.
Em tempo, pena que o encontro dos jovens do SPMC, com as massas não deu certo, mas os momentos que ficamos lá com os doze autores, deu para conhecer um pouco de cada um e sentir um bom astral apesar do ocorrido, dá proxima vez não convidamos o alemão Alzheimer e tudo dará certo.
Ah, grato pelo livro, muito bom, parabéns, Estan
Enviado por Estanislau Rybczynski - [email protected]Crônica-crítica bem verdadeira. Parece que vivemos realmente no mundo da fantasia onde o que menos importa é o caráter. Parabéns pelas colocações do diálogo onde o espírito da natividade divina é o que menos importa na história.
Enviado por Carlos Fatorelli - [email protected]