Leia as Histórias
Era o ano de 1968, como disse em relato anterior, trabalhava como office-boy em uma empresa de engenharia na Vila Guilherme e, devido a minha ocupação, conhecia muito bem a cidade de São Paulo.
Minha tia, irmã de meu pai, moradora de Paraisópolis, cidade do estado de Minas Gerais, veio a esta cidade com o intuito de visitar a filha Dulce, que trabalhava na Rua Angatuba, no Educandário Sampaio Viana, e fui com ela para ensinar o caminho. Saímos logo cedo da Vila Ede, Zona norte, até a Praça do Correio. Na Praça do Patriarca, tomamos o ônibus Pacaembu. Chegamos em dia de visita aos internos e a conversa entre mãe e filha durava a tarde toda e eu ficava na área externa, junto ao muro que rodeava a entidade e, por ser baixo, dava acesso também a um morro onde se podia ver o Estádio do Pacaembu e parte do gramado em frente a concha acústica. A movimentação de torcedores para entrada do jogo, que já começara, era grande. Gostava de ver aquele pessoal agitando bandeiras e correndo felizes para a peleja.
Ao final da tarde, bem antes do jogo acabar, abriam-se os portões laterais e os torcedores que estavam dentro do estádio assistindo saiam e as poucas pessoas que ficavam no morro começaram a descer correndo e entrar no estádio. Entre eles, eu.
O jogo que acontecia naquele domingo 18 de fevereiro era entre o Palmeiras de Djalma Santos, Ademir da Guia, Servilio e Ademar contra o Deportivo Galicia da Venezuela, pela Libertadores, fase de grupos. Quando entrei no estádio, o placar acusava zero a zero e, aos 26 minutos do segundo tempo, Servilio fez um a zero e em seguida, aos 29, Tupâzinho fez dois a zero. Acho que dei sorte ao time do Parque Antarctica.
Eu que estava acostumado a ver jogo de várzea tive o coração disparado de contentamento, pois este foi o primeiro jogo de profissionais que assistia, mesmo que por pouco tempo, mas a felicidade foi enorme.
Depois dessa aventura, convidei alguns amigos para ver o jogo de meu time de coração, Santos de Pelé, jogar no Pacaembu pelo campeonato Paulista, mas aí é outra história.
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Aquele Palmeiras dos velhos tempos so nos traz lembrancas a todos pois era uma verdadeira academia . Assim como o Santos do Pele . E o Corinthians do IV Centenario.Naqueles tempos a gente podia sentar lado a lado , e assitir os jogos como adversarios mas como amigos e sem essa violencia dos dias de hoje. Parabens pelo texto . Abracos Felix
Enviado por João Felix - [email protected]Antonio, boa lembrança, eu tive a oportunidade de assistir esse jogo, o Palmeiras da época era um verdadeiro esquadrão, o time de hoje não chega nem aos pés daquela equipe, parabéns pelo texto.
Enviado por Nelinho - [email protected]Antonio, que gostoso ir ao estadio do Pacaembu e assistir uma partida dessa, com certeza deu sorte para o Verdão.Um abraço.
Enviado por Margarida Pedroso Peramezza - [email protected]Gostoso ir ao Pacaembu, pela primeira vez assistir uma partida de futebol, melhor ainda quando nesse dia o nosso time ganha , também passei por isso e foi em 1948 o meu time também ganhou e até hoje me lembro de tudo Corinthians 3 x Portuguesa 2 e de virada, Corinthians Bino Domingos da Guia (pai do Ademir)e Belacosa, Pálmer Helio e Aleixo. Claudio, Baltasar Servilho (Pai do idem do Palmeiras) Nenê e Noronha. Portuguesa; Caxambu Lorico e Nino, Luizinho Manoelão e Helio, Renato Pinga II, Nininho Pinga I e Simão.
Naquele tempo o Corinthians ainda ganhava da Portuguesa,(risos) rsrsrs.
Enviado por Arthur Miranda (Tutu) - [email protected]Antonio, nesse dia eu estava no Pacaembu, foi uma grande vitoria do Palmeiras, mas nao posso deixar de louvar o grande time do Santos na época, parabens pelo texto.
Enviado por Nelinho - [email protected]Antonio: Tupanzinho e Servilio, jogavam muito. E olha que sou corintiano.
Enviado por Marcos Aurélio Loureiro - [email protected]Antonio, também fiquei emocionada ao ir ao campo pela primeira vez, mesmo vendo meu time perder a emoção foi grande. Um abraço.
Enviado por Margarida Pedroso Peramezza - [email protected]Vc, Antonio, não só deu sorte ao Palmeiras com teve a oportunidade de assistir um time que tinha Djalma Santos, Ademir da Guia, Servílio, Ademar, Dudu e outros que formavam um verdadeiro esquadrão. Que saudades daquela época, o Santos que vc mencionou, com Pelé, ganhava de todo mundo porém, contra o Palmeiras, o assunto era outro.
Lembrança bem colocada, Almeida, parabéns pela ótima descrição.
Modesto
Enviado por Modesto Laruccia - [email protected]