Leia as Histórias
Anésio foi meu vizinho. Ambos já aposentados, batíamos longos papos lembrando acontecimentos pessoais. Hoje ele já não se encontra entre nós.
Um dia, ele me contou um fato aterrorizante acontecido com ele. Na época morava em um sítio em uma zona de canaviais. Era bem jovem. Sempre havia bailinhos nos sítios adjacentes. Ele com sua sanfona, e a pé, atravessava os canaviais, na direção necessária. Levava a sanfona a tiracolo, com as correias no ombro e o instrumento atrás das costas.
As noites eram escuras, mal dava para enxergar dois metros à frente. Como havia nascido e crescido ali, sabia o rumo a tomar. Uma noite, depois do baile, caminhando de volta para casa, apressado, ouviu atrás de si uma respiração ofegante que o acompanhava. Apreçou o passo. O ruído continuou, agora com mais intensidade. Correu o mais que pode, sempre perseguido por aquele respirar ofegante. Afinal, chegou em casa, onde entrou correndo, trancando a porta em seguida. Ao colocar a sanfona sobre a mesa descobriu que uma das presilhas que mantinham o fole fechado havia se soltado.
A respiração era do fole da sanfona.
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Modesto Enviado por Modesto Laruccia - [email protected]