Guarda Luizinho

Saiu no Estadão uma reportagem do "Guarda Luizinho". Ele era lá da nossa época, não sei se vocês se lembram dele. Ele ficava na Rua Coronel Xavier de Toledo com a Praça Ramos de Azevedo, ao lado do Mappin… Não expediu nenhuma multa, não houve nenhum atropelamento no período que atuou nesse cruzamento. Dizia ele: “Acredito em prevenir, orientar e educar ao invés de punir”.<br><br>O engraçado era quando o motorista parava sobre a faixa de pedestre e ele, todo sério, obrigava o condutor a abrir a porta do carro e pedia para os pedestres passarem por dentro do veículo. Eu e o Eduardo Marine, e mais alguns colegas do trabalho, na hora do almoço, sempre que podíamos, lá estávamos dando gargalhadas dos motoristas que paravam em cima da faixa. Acredito até que alguns de vocês deviam estar lá ao meu lado.<br><br>Quando algum pedestre que não conhecia a sua rotina começava a atravessar a rua com o farol fechado ele ia até essa pessoa, pegava em seu braço, levava de volta até a calçada e ficava aconselhando sobre as regras de trânsito, que isso serviria para o seu próprio bem. Assim que abria o sinal, ele atravessava de mãos dadas com o pedestre, que levava em uma boa, de tão bom “praça” que ele era.<br><br>Serviu como exemplo esse seu trabalho, onde foi agraciado com várias homenagens e entrevistado por várias emissoras de rádio de televisão. Hoje, a história seria diferente em razão da super população e das estatísticas dizendo que os paulistanos já possuem praticamente dois carros por pessoa. Atualmente, é o progresso que nos "atropela", mal dando tempo para nos atualizarmos.<br><br><br>E-mail: [email protected]