Quero felicitar-me com todos vocês, amigos e companheiros desse site, a grande jogada de sorte que me aconteceu no inicio do mês. Finalmente ganhei a "Lotomania" de uma forma inusitada. Não adianta, quando tem que ser, ninguém vai tirar de você. Vejam vocês como ocorreu esse belo presente. Foi em uma “loteca” aqui no Jaguaré, perto do Parque Continental, onde moro.<br><br>Estava na fila de "mutilados de guerra" (idosos, denomino assim desde que fui multado, na França por ter entrado em um vagão de idosos e mutilados de guerra) esperando minha vez pra fazer os jogos de "Mega Sena" e "Lotomania". Tinham duas pessoas na minha frente e vocês sabem a "destreza" e "rapidez" com que estas pessoas tiram o dinheiro do bolso, contam, recolhem de outro bolso o boleto dos jogos, perguntam ao atendente quanto custa, e se fizerem um número a mais se vai ficar mais caro e quanto. <br><br>Do guichê vem a resposta:<br>- “O senhor colocou 55 números e o certo é 50, quais eu posso eliminar?”.<br>- “Me deixe eu ver o boleto”, responde o cliente.<br> – “Olha, tira o 33, 47, 12, 59 e o 64. Pronto… Espere aí, deixe o 47, tire o 15, isso, o 15… Nunca tive sorte com esse número, uma vez comprei um…”.<br>- “Um momento, meu senhor, preciso atender outras pessoas”.<br><br>Eu estava com os dois boletos na mão, um da "mega" e outro da "loto". Aí tomei de repente uma decisão:<br> – "Não vou jogar a "Lotomania", amassei o papel, fiz uma bolinha e tentei arremessar em uma lixeira que estava a três metros de mim.<br><br>Errei e não me importei. Ficou no chão. O da minha frente estava sendo atendido com a "ligeireza" habitual, (enquanto era atendido um idoso, na fila dos habilitados, ao lado, eram atendidos quatro) e nessa fila, ao lado, dos habilitados, o que ia ser atendido, sem querer, chutou a bolinha que eu tinha amassado e ela veio parar junto ao meu pé direito,<br>como que dizendo:<br> – "Voltei, não me joga fora, me pegue novamente, aproveita que chegou sua vez".<br><br>Apanhei a bolinha, desmanchei o amasso, alisei bem na parede com um pente, do lado do cabo e aí, chegou minha vez.<br><br>Fiz os dois jogos. Preparado pro berro que ia dar e acordar toda vizinhança. Liguei o computador, chamei a Myrtes (sempre conferimos juntos) e começamos com a "Megasena", dos 18 números acertei três, um em cada bloco de 6. Depois conferimos a "Lotomania", dos 20 sempre acertava, no máximo, 10 ou 12. Só uma vez cheguei aos 14. A Myrtes começou a ler os números sorteados no final, tinha chegado ao menor número de algarismos que cheguei durante todos os jogos que já fiz: dos 50 que marquei, para acertar 20, só acertei seis algarismos.<br><br>Fiquei contente, tinha ganhado a paz e a tranquilidade em minha vida. Vocês me imaginaram com mais de um milhão no bolso, cinco filhos, noras, netos e genros que bruta briga que eu ia arrumar. “Mamma mia”, do que me livrei!<br><br>Mesmo assim continuo, gosto de enfrentar perigos e riscos, mas tenho certeza de que nunca vou ser atingido por essa "falsa" e "hipócrita felicidade". Sou bem protegido, meu Anjo da Guarda me protege bem. Só se algum dia ele se descuidar, aí então vou ter que me penitenciar. Eu hein?<br><br><br>E-mail: [email protected]<br><br>