É o dia dos mortos,
De todos os mortos em fim,
De quem morreu numa boa,
De quem teve um triste fim.
Dos que morreram em guerras
Dos que morreram em paz.
Dos que morreram com honra,
Dos que morreram em vão,
Dos que viveram enganando,
Fazendo corrupção.
Dos que doaram a vida,
Em busca de um mundo melhor,
Dos que morreram egoístas,
Pensando em si somente,
Deixando de herança aos parentes,
Apenas uma vil semente,
Que nessa terra não germina.
Dos que morreram velhinhos,
Dos que nem chegaram a nascer,
Por que impedidos eles foram,
De em nosso mundo viver,
Como eu, como você.
Finados, é mesmo o dia de todos os mortos.
De quem morreu na favela,
De quem morreu na mansão,
De que morreu assistido,
Bem cuidado coisa e tal.
De quem morreu solitário
Desvalido no corredor do hospital,
De quem morre com um bom plano de saúde,
De quem morre pelo SUS.
Finados dos que foram atropelados,
Por um louco embriagado,
Que se achava o bom.
Finados dos pobres coitados,
Que morrem desamparados,
Finados do pobre e do Rico,
Do letrado, do sabido,
Do padeiro, do leiteiro, do engenheiro,
Do empreiteiro,
Do servente de pedreiro.
Dos sem terra, dos sem teto.
Do nativo do estrangeiro,
E até mesmo do Banqueiro
Que esta cheio de dinheiro.
Do Famoso que morreu,
E hoje ta meio esquecido,
E seu sucesso obscuro.
Finados de todos que ainda,
Nesse mundo não nasceram,
E que também serão olhados
Como os finados do futuro.
FIN…ADOS.
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