Oi, gente boa, eu só queria lembrar-lhes que está chegando o Natal. Ele é e sempre será mágico para mim.
Ao meu redor, sob o meu olhar, tudo se transforma. Parece que existe alguma coisa indefinida no ar. E essa coisa é muito boa. As pessoas ficam mais felizes ou será que sou eu?
Os prédios e as casas com suas luzes coloridas vão iluminando nosso caminho e enchendo de luz e amor nossos corações.
São tantos os Natais que tenho para recordar… E nenhum me deixa triste. A lembrança das pessoas queridas que se foram junta-se as que aqui estão para serem amadas e curtidas. Como dizia o poeta: "tudo tem seu tempo certo".
Vem-me à memória, com muita ternura e amor, um Natal em que minhas filhas (então, com nove e dez anos) ganharam uma barraca de brinquedo; e essa barraca ficou armada bem no meio da sala durante vários dias. Lá elas recebiam as amigas para o chá da tarde e trocavam ideias. Às vezes eu era convidada e, com muito jeito, conseguia entrar de joelho.
Naquela época, meu filho tinha um ano e era tão bobinho… Meu filhote, que ignorava a entrada e sempre queria entrar pela janela, desmontava a barraca. As meninas gritavam, ele chorava. Era o caos!
A barraca passou a não ter endereço fixo. Quando queria falar com elas, perguntava ao porteiro do prédio, ele fazia uma pesquisa e interfonava:
– Hoje elas estão acampando no décimo andar, ou, então, no playground ou em outro andar.
Lembro, também, de um Natal, quando elas tinham doze e treze anos, em que ganharam uma mobilette. Era um ciclo-motor Monark. Quase fui assassinada pelo pai das crianças e demais parentes. Foi um “auê”! E não é que a motinha veio com defeito? Ela não brecava, só acelerava. Não houve nenhuma palavra ou gesto de simpatia para conosco.
Aí, conversando com a concessionária, deram-nos um endereço na Alameda Barão de Limeira. No dia seguinte, fizemos uma experiência na garagem do prédio. A Malu (minha filha) dirigia e eu ia de carona atrás freiando a moto com os pés (claro que eu estava de tênis).
Partimos. De Perdizes para a grande aventura, ou seja, à Avenida Francisco Matarazzo, General Olimpio da Silveira, Avenida São João, Duque de Caxias, Barão de Limeira e seus respectivos faróis. Nunca mãe e filha chamaram tanta atenção. Felizmente, não encontramos nenhum guarda. Ufa.
Consertaram a moto e voltamos. As heroínas.
Durante meses, meu marido não soube que a moto tinha sido consertada. Assim, ele ficava tranquilo e nós também.
Mas, voltando ao título desta crônica, desejo que neste Natal haja muito amor e paz em seus corações e lembrem-se: ele é mágico.
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