Algo que poucos sabem: a Praça da República é um pequeno bairro – e também um dos menores distritos da capital paulistana – com 47.459 habitantes (censo de 2000).
Por volta da metade do século XIX, a área era destinada a treinamentos militares e conhecida como Praça da Legião. Ficava nas proximidades da Chácara do Chá, de propriedade do Barão de Itapetininga, e da Chácara do General Arouche.
Em 1817, o engenheiro Daniel Pedro Muller comandou a implantação de uma grande área de lazer e recreação pública. Na praça foi construído um anfiteatro de madeira para as populares touradas e cavalhadas.
Com o tempo, as touradas caíram de moda e o local ficou às moscas, tornando-se um espaço para treinamento de cocheiros e cavalos – espécie de auto-escola da época. Nessa época, a região foi lentamente ocupada. Com a proclamação da República, em 1889, a praça ganhou seu nome atual. E passou a ser um ponto importante na geografia da nascente metrópole, principalmente depois da inauguração do Viaduto do Chá. Em seguida institui-se a Escola Caetano de Campos, onde estudava a nata paulistana.
Em 1905, no auge da grande imigração e da chegada dos dólares do café, a praça foi reformada e a cidade ganhou, de forma definitiva, um dos seus principais pontos de referência. Ao seu redor foram construídos edifícios, e, com o correr dos anos, a praça e seu entorno tornaram-se mais importantes para a capital.
No solo da Praça da República tombaram os quatro estudantes de direito (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) cuja união das letras iniciais dos nomes deu origem ao MMDC, que identifica a Revolução Constitucionalista de 1932.
Nessa praça, nos anos 40 e 50 do século XX, colecionadores se encontravam para trocar mercadorias e novidades. Na década seguinte tornou-se referência hippie do Brasil. Ali se encontravam os novos artistas de vanguarda, expondo suas obras e idéias.
Fonte: Subprefeitura Sé; Bairros paulistanos de A a Z – de Levino Ponciano (editora Senac/São Paulo);
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