O primeiro filme que vi no cinema foi "Os dez mandamentos". Um padre chamado Jair nos levou (a "convidada" era minha irmã, que fazia catecismo; fui a reboque).
O filme era bonito demais (talvez hoje eu não ache tanto assim, mas naquele tempo…) e a garotada saiu do cinema boquiaberta. Minha paixão por cinema nasceu aí!
Poderia discorrer horas sobre cinema (filmes e salas de exibição de São Paulo, que conheci várias das mais tradicionais), mas isso já foi feito no site por diversos outros autores, então vou falar de um filme que assisti no antigo Cine Marrocos – "O tambor", um filme lindo, instigante. Não, não vou falar do filme, mas desta tarde especial, comigo, estava uma de minhas grandes amigas (era mais que amiga, mas não vem ao caso) e, naquela projeção mágica, nos tocávamos com ternura, suavemente.
Chovia na saída. Não que tenha sido uma chuva especial, torrencial, mas foi a chuva da minha vida, eu diria. Não era Natal, mas ao dirigir de volta pra casa, com ela ao meu lado, me veio a lembrança uma música meio natalina "É Natal, é Natal, na Vila Prudente, na tecelagem Vânia todos vão comprar, os presentes mais bonitos, as lembranças mais humanas, pros seus entes queridos todos vão comprar", e chovia fininho como costuma chover sempre que somos felizes.
E-mail: [email protected]