Não sei por que, o nome "Maria" tornou-se apelido ou chamativo de pessoa a quem não sabemos o nome. Já ouvi expressões como: "Você sabe o nome daquela Maria lá do fim da rua, assim loira, assim gordinha…?". Antigamente era mais ou menos assim também.
Já houve quem colocasse "Maria" no meu nome. Erta "Maria" Tamberg!
Quando morava no Cangaíba, eram tantas as Marias (de nome real) que, para diferenciá-las, fazíamos associações com alguma diferença física (não defeito), marido, cor da pele, coisas que faziam.
A Maria que nos emprestou a luz por algum tempo (vide Minhas memórias do bairro do Cangaíba), era a Maria da luz.
A Maria, nora do português que brigava com meu pai (vide Briga de Vizinhos), era a Maria Bigodinha, dado um buço de fazer inveja a qualquer garoto de hoje!
Na rua de cima, onde se fazia a festa de S. Pedro, havia a Maria Pretinha; naquele tempo ninguém se ofendia!
Havia a Maria do açougue ou, a Maria do Adelino – nome real: Maria Julia.
A filha de nossa inquilina também era Maria – a Maria da Joaquina.
Havia também a D. Maria (mãe de Nanci), nossa vizinha de fundos.
Aí me vem na lembrança uma música do Roberto Carlos – Maria, Carnaval e Cinzas: " Nasceu Maria quando a folia, perdia a noite, ganhava o dia. Foi fantasia seu enxoval, nasceu Maria num carnaval… Então lhe chamaram assim como tantas, Marias de Santas…"
Abençoadas as Marias do Brasil!
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