Durante os anos 60 do fabuloso Século XX, eu conheci esta Avenida chamada de Paulista, que é o cartão postal da maior cidade da América do Sul. Naquela época, ainda existiam alguns casarões, que a embelezavam com árvores e jardins, mas o progresso estava presente na existência de alguns prédios e outros que já estavam sendo construídos.
A minha mãe costumava nos levar, eu e minha irmã, naquele Hospital da ladeira da Av. Brigadeiro Luis Antonio, onde ela sofreu uma cirurgia e onde eu e minha irmã sofremos a cirurgia de extração das amígdalas.
Em certa ocasião, precisei fazer um exame de sangue na Rua Itapeva e foi quando eu conheci um pouco mais desta Avenida. Nós costumávamos usar aquele ônibus vermelho da empresa Santa Brígida, que saia da Praça Clóvis Bevilacqua, perto do Posto dos Bombeiros, e subia pela Av. Brigadeiro Luis Antonio.
Eu me lembro que na Praça Clóvis, naquela calçada entre a Rua Tabatinguera e a Rua do Carmo, existiam os terminais dos ônibus que desciam para Santos e Guarujá como: Rápido Brasil (verde-amarelo), Expresso São Paulo (vermelho) e o Cometa (azul-branco).
Quando fui morar no bairro do Brás, já adolescente, fui pela primeira vez em 1972, ao cinema Astor no Conjunto Nacional, na esquina da Paulista com a Rua Augusta, com o meu velho amigo Pompeu Gallinella, que residia na Rua Joaquim Távora, na Vila Mariana. Usamos o ônibus-elétrico (Tróleibus), Machado de Assis – Paulista e assistimos o belo filme "Ao mestre com carinho", estrelado pelo norte-americano Sidney Potier.
Posteriormente, nos anos 70, fui diversas vezes na Avenida Paulista, ora para ir aos cinemas, ora devido ao trabalho – aos bancos ou aos cartórios – e sempre admirando esta avenida tão majestosa.
Em 1979, fui fazer uma visita ao meu amigo Ricardo Carraro, que estava residindo num apartamento na Vila Buarque, na Rua Marquês de Itu com a Rua Amaral Gurgel e na volta fui ao ponto de ônibus da Praça da República, atrás daquele colégio… Uma garota loira, muito bonita, veio me perguntar que horas eram e começamos a conversar. Marcamos então um encontro no sábado seguinte, em frente ao MASP da Paulista, pois ela residia sozinha em um apartamento na Peixoto Gomide, em frente ao Hospital Nove de Julho, pois ela era enfermeira do setor de partos deste hospital.
Encontramos-nos no sábado à noite como combinamos e fomos assistir ao filme "Cria Cuervos" do espanhol Carlos Saura, com a esposa dele e filha do genial Charles Chaplin – Geraldine Chaplin num cinema localizado na galeria da esquina da Paulista com a Rua Augusta. Depois a levei embora, mas o resto, me desculpem, eu não posso contar aqui…
Pois bem, a partir de janeiro de 1980, trabalhei na esquina da Rua Augusta com a Alameda Jau e a partir de junho de 1981 até julho de 1983, trabalhei nos Recursos Humanos da empresa francesa Brasilit, que tinha seus escritórios em um prédio na Avenida Paulista, entre a Rua Augusta e a Rua Haddock Lobo.
Portanto, conheci e convivi muito tempo com esta majestosa avenida, que é a grande região financeira da metrópole, com os seus bancos e empresas financeiras, além de estações de rádios e diversas antenas de emissoras de rádios e TVs, como as da Record e Rede Globo, além de ser uma região onde se encontram diversos hospitais, shoppings, faculdades, escolas, restaurantes, hotéis e residências.
E ainda sobrevive o Parque Trianon, um cantinho verde entre os grandes edifícios ali existentes. Uma avenida que é muito usada para a famosa corrida de São Silvestre, realizada no último dia de cada ano e já foi muito usada para shows e diversas passeatas.
Faça sol ou chuva, frio ou calor, noite ou dia, é a avenida que realmente representa o que é São Paulo, 24h acordada, para acolher a todos que dela precisam, seja para o trabalho ou seja para o lazer.
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