Era uma tarde de sábado e a Rua Voluntários da Pátria não tinha um grande movimento, as suas lojas não recebiam muitos clientes, e eu nos meus 18 anos era um rapaz sonhador cheio de planos para o futuro olhando as vitrines.
Eis que do outro lado da rua, como por encanto, passaria aquela primeira garota que realmente balançou o meu coração, um jovem sensível. Ela nem sequer olhou para o meu lado, estava acompanhada de sua mãe.
Fui tímido em não declarar a paixão e só depois fui saber que ela estava com compromisso com outro rapaz. Meus olhos então acompanharam aquele corpo que nunca tive o prazer de tocar desaparecer na esquina, confesso que uma lágrima surgiu quando aconteceu.
Tudo isso em uma esquina, das ruas Gabriel Piza e Voluntários da Pátria em uma tarde em Santana. Acabou naquele momento, para sempre, o sentimento do primeiro amor…
Lembrei-me lembrei então da música. Nem sempre o primeiro amor é a primeira namorada.
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