Parece que foi ontem! Lá pelos anos 60, ficava em um armazém na Penha, na Avenida Gabriela Mistral… A gente pagava para assistir Rin-Tin-Tin, Lassie, Capitão 7, filmes e seriados com Roy Rogers…
Assistíamos também às telenovelas “A moça que veio de longe”, “Redenção”, “Os Fantoches”… Tudo em preto e branco!
Poucos tinham poder financeiro para comprar as televisões que utilizavam válvulas, viviam queimando!
Depois, pegando algum ônibus, eu ia até o Sumaré e ficava na padaria ao lado da Tv Tupi, somente para ter a oportunidade de ver algum artista.
Meus pais tinham chácara de flores na Penha, e todos os sábados, a Lolita Rodrigues, Geórgia Gomide, Luiz Gustavo e outros iam lá comprar flores, pois eles freqüentavam um centro de umbanda no bairro.
Aí eles começaram a arrumar entradas para ir à Tv durante as gravações, nos bastidores! Entre os programas que arrumaram, tinha “Alô Doçura” (Eva Vilma/J. Herbert), “Almoço com as estrelas”, “Clube dos Artistas”…
E também rolava a Tv Excelsior, na Rua Nestor Pestana (Hugo Santana/Bibi Ferreira, shows internacionais e novelas); a Tv Paulista, na Rua das Palmeiras…
E tinha a Tv Record no aeroporto e o Teatro Record Consolação, que continha uma gama enorme de programas e artistas em seu elenco.
Tudo em preto e branco!
E vieram também os incêndios, que ninguém até hoje fala a verdade. O que ocorria? Quem tacava fogo? Pois havia a Tv Cultura com um auditório na Avenida São João, a Bandeirantes no Morumbi e o Teatro na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Em minha opinião, a Record foi o filé de todas, pois pegou também o que sobrou da falência da Excelsior… Quanto à poderosa que hoje está aí, para ela foi tudo fácil, pois entrou na casa com o telhado pronto, técnicos, engenheiros, artistas, porteiros, etc. e todos tinham o diploma da “Universidade Paulo Machado de Carvalho”.
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