É difícil a mãe rejeitar o pedido
insistente de um filho carinhoso.
Ele ganhou um cachorrinho
de um amiguinho.
Levou-o para o pequeno apartamento
no alto de Santana.
A mãe não gostou nada
daquela história.
Mas o coitado era tão pequenino e
aparentemente bem mansinho.
Enfim, ela cedeu aos inúmeros apelos
da família.
Entre as condições,
ele ficaria
apenas nas dependências
da lavanderia.
Acordo fechado.
Alegria dos meninos
com o novo brinquedinho.
Mesmo pequeno,
já mostrava que
era um terror;
tudo já alcançava e destruía.
De um lugar para outro
corria, que nem se via.
Seu nome era Pit voador.
A mãe temerosa
já nem atravessava mais
a porta da cozinha.
Trazia sentimentos opostos
e a mídia insistia:
“Cuidado com essa raça!
Destroça tudo o que acha”.
Suportou por infinitos dois meses
aquela criatura.
Tratou de desfazer
o acordo e para o
o primeiro que aceitou
entregou o Pit Bull.