Leia as Histórias
Na década de 60, antes da construção da Avenida 23 de Maio, corria um riachinho lá embaixo, o córrego Moringuinho...
Ao redor dele havia alguns campos de várzea...
Só me recordo do campo do Olímpico, próximo da Thomas Carvalhal, entre os Viadutos Paraíso e Tutóia, onde fui muitos domingos com meu pai, assistir jogos...
O campo ficava em frente da casa de minha, já na época falecida, avó...
Esse córrego ia do Ibirapuera ao Vale do Anhangabaú...
No sentido inverso, claro...
Ou não...
Nas proximidades do Hospital Beneficência Portuguesa não havia viadutos...
Apenas uma ponte pequenina lá embaixo...
Tínhamos que descer do ônibus ou bonde na Rua Vergueiro, em frente ao SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência, telefone 3-3333) onde fica o Hospital Municipal, descer o morro de terra, atravessar essa pequena ponte e subir rumo à Maestro Cardim...
Minha mãe estava hospitalizada lá na Beneficência...
Assustado, fui com meu pai visitá-la...
O susto passou logo, com a aventura de descer morro, atravessar ponte e subir morro...
Um Indiana Jones dos anos sessenta...
Só aventura...
E a danada da ponte balançava...
De madeira, tinha cordinhas ou arames finos em seus corrimãos...
Valente, corri na frente e é claro levei um tombo...
Sem perigos...
Fui rapidamente levantado...
Eu devia ter cinco anos...
Foi em 1960...
Lembro-me bem porque já era ligado em futebol e ouvira, no boteco onde ficava com meu pai, que a Ponte Preta de Campinas havia sido rebaixada...
Levantando-me, inocente, perguntei para meu pai...
Essa Ponte é a Ponte Preta?
Os familiares que nos acompanhavam caíram no riso e desde aquele dia a pequena passagem, para nossa família, ficou sendo conhecida como a Ponte Preta da Beneficência...
e-mail do autor: plugal01@hotmail.com
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Laruccia. Enviado por Modesto Laruccia - modesto.laruccia@terra.com.br